Circuito Vivo arte.mov em Porto Alegre

O Circuito Vivo arte.mov em porto Alegre compreende uma série de iniciativas descentralizadas em diversas capitais brasileiras que tem como objetivo difundir as novas perspectivas da produção audiovisual contemporânea e discutir as novas tendências das artes em mídias móveis. Nos dias 11 a 13 de dezembro de 2009, o Circuito retorna a Porto Alegre em novo formato composto de mostras audiovisuais, workshop e palestras sobre mídias locativas e realidade aumentada. O evento acontecerá no Centro Cultural Usina do Gasômetro. A programação contará com o Workshop Invisíveis e a Palestra: "Descrenças suspensas, arquiteturas fixas: a cidade como meio para ficções flutuantes" com Bruno Vianna, a Palestra: "Estilhaços: Linguagens | Fraturas: Geografias" com Marcus Bastos, Mostra Competitiva Vivo arte.mov e a Mostra Impakt (Holanda).

FILE 8 BIT GAME PEOPLE

O FILE 8 BIT GAME PEOPLE, evento vinculado ao Hipersônica RIO 09, aconteceu em 23 de novembro de 2009 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, apresentou trabalhos de artistas que utilizam consoles antigos de video games como Nintendo e Game Boys para produzir sons que remetem aos sintetizadores caseiros e às músicas de video game da geração low bit, exploradas de uma maneira contemporânea e em tempo real, ultrapassando as barreiras da tecnologia dos aparelhos para produzir música ao vivo. Os artistas gráficos que acompanham os músicos trabalham com softwares antigos e sistemas operacionais “vintage” para produzir imagens abstratas. Os artistas que participaram do FILE 8 BIT GAME PEOPLE mostraram que a cultura game pode ser explorada de forma ampliada e inusitada.

Pensamento ecológico com mestiça filosofia

Acompanho há anos o trabalho de Maja Kusmanovic que conheci no Invenção: pensando o futuro de 1998, evento organizado pelo Itaúcultural e o ISEA. Maja dirige o FoAm da Bélgica, grupo de arte e tecnologia que pesquisa instalações de interação Humano -Computador- Humano. Nos últimos anos seu envolvimento se dirigiu a pesquisa de arte, tecnologia e ecologia no Luminous Green . Parte da dissertação de mestrado de Silvia Regina Guadagnini, que orientei no PPGAV/UDESC,  era sobre o trabalho do FoAM. Na qualificação a banca achou que seria melhor dedicar ao aprofundamento das instalações interativas dos artistas brasileiros Gilbertto Prado, Diana Domingues e o grupo SCIArts, e Silvia Guadagnini abandonou sua pesquisa sobre o FoAM. Participei do workshop do Luminous Green  em Cingapura, que ocorreu no ISEA de 2008. Esta discussão tem sempre muitos aspectos sensíveis quando o agrupamento de pessoas de várias origens nos obriga a ver que há várias noções do que seja natureza. Como escreveu Lorenzo Mami no catálogo de Nuno Ramos da Bienal de Veneza de anos atrás, no Brasil a natureza longe de ser uma paisagem dócil e domesticada  é ainda selvagem e ameaçadora. Há vários outros grupos relacionando a sustentabilidade à arte como o translocal ou o bricolabs.Os Bricolabs segundo Bronac Ferran tem sua origem no Metareciclagem de Felipe Fonseca.

Um projeto tem sempre um longo percurso e várias colaborações

A instalação Mar Memorial Dinâmico é parte do projeto de pesquisa do CEART/UDESC “Visualização do Manguezal para a Plataforma Multiusuário Estação Carijós” coordenado por Yara Guasque desde março de 2007. As informações sobre o projeto concebido em 2005 como jogo de realidade mista que utiliza uma plataforma multiusuário e um sistema embarcado podem ser lidas no site que está online desde 2008 . Já em 2008 Silvia Guadagnini e eu, Yara Guasque, havíamos cogitado a instalação Mar Memorial Dinâmico com o uso de mapas, sensores de presença que disparassem após a interação do visitante os arquivos multimídia contidos no site. No primeiro semestre de 2009 a mesma foi projetada por Yara Guasque com a colaboração de Cristina Cardoso e Edgar Carneiro, que atualmente integram o grupo de pesquisa Telepresença em Ambientes Imersivos, Participativos e Interativos, GP Taipi, usando outras tecnologias. A interface da instalação exposta em 2009 em Santa Maria, RS e na ESPM, SP, usando Processing foi desenvolvida pelo grupo Udesc Física Computing hoje denominado MuSA.

Eduardo Kac na 30ª edição do Ars Electronica

O artista brasileiro Eduardo Kac recebeu a Golden Nica na categoria Arte Híbrida da 30ª edição do Ars Electronica, um dos festivais mais renomados dedicado à arte de vanguarda, à tecnologia e à sociedade. Kac apresentou a obra que ele chamou "Edunia", uma flor criada através de engenharia genética que é um híbrido do artista e Petunia. A Edunia de Kac expressa o ADN exclusivamente em suas veias vermelhas. A flor é um novo tipo de Petunia que Kac inventou e produziu através de biologia molecular. Ela tem veias vermelhas e pétalas cor de rosa. Um gene do artista é expresso em todas as células de suas veias vermelhas, isto é, o gene de Kac produz uma proteína somente na rede venosa da flor. O gene foi isolado é sequenciado a partir do sangue do artista. As pétalas cor de rosa, contra as quais as veias vermelhas são vistas, são evocativas do próprio tom de pele rosada de Kac. O resultado desta manipulação molecular é uma planta que cria a imagem viva de sangue humano correndo nas veias de uma flor. O gene que Kac selecionou de seu próprio genoma é responsável pela identificação de corpos estranhos. Ou seja, nesta obra, é precisamente aquilo que identifica e rejeita o outro que o artista integra no outro, criando assim uma nova espécie de ser que é parcialmente flor e parcialmente humano.

Mar Memorial Dinâmico - vídeo

Mais um vídeo capturado da instalação Mar Memorial Dinâmico por Greice Antolini Silveira durante a exposição Territórios Expandidos curadoria de Nara Cristina Santos PPGART/UFSM de Santa Maria

Mar Memorial Dinâmico - fotos

Fotos da instalação Mar Memorial Dinâmico captados por Greice Antolini Silveira durante a exposição em Santa Maria UFSM.

Mar Memorial Dinâmico - vídeos

Vídeos da instalação Mar Memorial Dinâmico captados por Greice Antolini Silveira durante a exposição em Santa Maria UFSM.

Karla Brunet apresenta projeto Geografias do Mar na mesa Arte, Tecnologia e Meio Ambiente

Karla Brunet começa a fala pontuando três questões que considera indispensável ao desenvolvimento de um projeto em arte, tecnologia e meio ambiente, são elas: colaboração, interdisciplinaridade e novas metodologias de trabalho. Segundo Karla o termo geografia experimental vem sendo utilizado por artistas que visam abordar em seus trabalhos a relação entre ser humano, natureza, ecossistema, paisagem, lugar, cartografia e arte, levantando uma questão polêmica sobre a necessidade ou não de diferenciação entre artista e cientista. O trabalho Geografias do Mar que desenvolve junto ao grupo de pesquisa: Projetos de Intersecção entre Arte, Tecnologia e Meio Ambiente, na UFBA, trata de visualização de dados e experimentação do mar, exemplo de uma geografia experimental. A obra compõe uma instalação interativa na qual a base da navegação é um mapa artístico projetado no chão onde vídeos, gráficos, números, palavras, áudios, fotos são acionados dependendo da posição do fruidor neste mapa. A narrativa é criada por seu deslocar na obra. Dependendo por onde o fruidor caminha, ativa determinado material sobre o mar, que pode ser desde dados físicos como da quantidade de clorofila na água a entrevistas com pescadores ou vídeos das ondas quebrando. Link do projeto Geografias do Mar: http://ecoarte.info/geomar/

Lista de links:

http://ecoarte.info/ecoarte/
http://intheair.es/

http://hehe.org2.free.fr/?language=en
http://www.raaf.org/projects.php?pcat=2&proj=4#
http://www.andreapolli.com
http://okno.be/node/180
http://tiffanyholmes.com

E-mail para contato:
karlab@ufba.br

Bronac Ferran fala sobre relação entre ecologia e arte na mesa Arte, Tecnologia e Meio Ambiente

Bronac Ferran apresentou o trabalho de alguns artistas que abordam conceitos a cerca de paisagem, ecologia, biologia, tecnologia e comunidade. Cita o biólogo alemão Gregory Bateson, que usa o termo ecologia global, onde compreende a natureza como centro do mundo e não o homem. Bronac mostrou também o trabalho do artista fotógrafo, Nadav Kander Won e do artista Gustav Metzger, que tratam de questões relativas à problemática da sustentabilidade ambiental e a transformação da paisagem.
Links de projetos apresentados :

http://wiki.bricolabs.net
http://obra.100linhas.net
http://www.dark-mountain.net
http://www.netbehaviour.org
E-mail para contato:

bronac@boundaryobject.org

Mesa Arte Tecnologia e Meio Ambiente

Mesa "Arte, tecnologia e meio-ambiente" no Simpósio de Artes Visuais
O Grupo de Pesquisa em Tecnologia e Artes Imersivas -formado pela Profª Drª Yara Guasque e os bolsistas de iniciação científica Edgar Carneiro e Cristina de Oliveira Cardoso, do - junto ao Departamento de Artes Visuais da UDESC, DAV, promove a Mesa Redonda intitulada "Arte, tecnologia e meio-ambiente" com Profª Drª Karla Schuch Brunet (UFBA/UPF - Espanha), Ms. Bronac Ferran (Royal Art College - Reino Unido/ MA Trinity College Dublin) e Profª Drª Yara Guasque (UDESC/PUCSP - Brasil) no dia 09 de novembro, às 14:00 horas, auditório do Ceart, UDESC, Itacorubi.
Apoio: Instituto Sérgio Motta de Arte e Tecnologia, Departamento de Artes Visuais, DAV, e Programa de Pós-graduação em Artes Visuais, PPGAV, da UDESC.
Associar tecnologia às cenas urbanas é ponto comum. Mas discutir o crescente uso dos aparatos digitais em ligares distantes dos grandes centros é menos usual. Natureza versus tecnologia são parte da esfera midiática e uma possível interlocução reflexiva. A mesa visa a instigar as relações entre arte, tecnologia e meio ambiente focando ações, projetos e curadorias sobre a produção mais voltada à conservação e reflexão desta natureza reinventada e experienciada pelos aparatos digitais.
Desta forma, a mesa vai abordar, entre outras questões, a posicão do artista diante da urgência da conscientização ambiental e da emergente esfera tecnológica que invade também a cena rural.
Sobre os participantes da Mesa

Bronac Ferran (Imperial College, Grã-Bretanha)
Bronac Ferran é escritora, pesquisadora e consultora de artes, que também trabalha a tempo parcial como professora visitante no Departamento de Engenharia Industrial Design no Royal College of Art, em Londres. Atuando em projetos na China, no Brasil e os nos E.U.A. Bronac curou junto aos organizadores do Mobilesfest o evento e a exposição PARALELO que aconteceu no MIS de São Paulo início de 2009 e é uma das co-autoras junto a Felipe Fonseca do documento Mapeamento da e-Cultura no Brasil.
Veja www.boundaryobject.org para mais informações sobre seu trabalho.

Karla Brunet é doutora em Comunicação Audiovisual (UPF, Espanha . bolsa Capes), mestre em
Artes Visuais - Fotografia (MFA, Academy of Art University, EUA . bolsa Capes) e especialista em Crítica da Arte Eletrônica (Mecad, Espanha). Desenvolveu e participou de projetos em artes visuais e internet, e, também, lecionou em universidades de São Paulo e Salvador. Entre 2007 e 2009 realizou pesquisa de pós-doutorado no grupo de ciberpesquisa/cibercidades do Pós-com/UFBA (bolsa Fapesb).
Participou de diversas exposições de fotografia e arte eletrônica, tanto no Brasil quanto no exterior. Hoje em dia, é professora do IHAC (Instituto de Humanidades, Artes e Ciências) da UFBA, onde pesquisa projetos de interação entre arte, ciência e tecnologia.

Instalação Mar Memorial Dinâmico

 

Instalação Mar Memorial Dinâmico de Yara Guasque junto ao GPTAIPI do qual participam os bolsistas de iniciação científica Cristina de Oliveira Cardoso e Edgar Carneiro e interface em Processing desenvolvida por UDESC Física Computing formado pelo professor Vilson Vieira da Silva Junior e os discentes Alan Rafael Fachini, Oriel Frigo e Dino Raffael Cristofoleti Magri.
Instalação que consiste em um mapa do Manguezal Ratones ocupado por letras adesivadas com Tags fuduciais mais a projeções de arquivos multimída da área do manguezal no espaço físico da exposição. O computador através da interface e da webcam lê as Tags fiduciais e dispara vídeos e imagens fixas relativas à área do Manguezal Ratones (captura de Yara Guasque de 2007 e 2008). O mapa consiste no recorte do Manguezal Ratones em chapa galvanizada e adesivada; 111 letras adesivadas em uma das faces da manta magnética e Tags fiduciais adesivadas na outra; no computador a programação da interface em Processing; vídeos e imagens digitalizadas. - dimensões do mapa (área verde) em chapa galvanizada no espaço físico: 1,70 x 3,20 cm (v x h); - dimensões da projeção dos vídeo e imagens fixas no espaço físico: 1,20 x 1,70 cm (v x h);

Arlindo Machado no Museu da Escola

A Palestra "O Panorama das Artes no século XXI" por Arlindo Machado, professor da PUC-SP e pesquisador em arte e tecnologia, aconteceu no Museu da Escola Catarinense (UDESC), no centro de Florianópolis e fez parte da programação da Semana Ousada de Artes. O encontro propiciou uma discussão contemporânea da técnica e conceituação artísticas relacionadas ao meio digital. Abordou conceitos gerais sobre arte e tecnologia, passando por artistas precursores, na música eletroacústica, Jorge Antunes, na Computer Art, Waldemar Cordeiro, na Video Art, Nan June Paik, e destacou o filósofo Vilém Flusser, autor da obra "A Filosofia da Caixa Preta – Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Segundo Arlindo Machado a reinvenção dos meios tecnológicos pela arte contemporânea visa uma subversão da lógica tecnológica, indo no sentido contrário ao da massificação da produção industrial. Como exemplo de arte tecnológica subversiva, cita o trabalho do grupo JoDi em Vírus Art, que com atitudes transgressivas reinventam o uso das máquinas. Para quem já foi aluno da Yara Guasque, artistas e conceitos apresentados não foram novidades, porém a palestra foi muito interessante e possiblitou acesso a visão deste pesquisador reconhecido na área da artes tecnológicas.